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Família de vítima de feminicídio em Planaltina pede justiça em velório

Vítima de feminicídio no Vale do Amanhecer, em Planaltina-DF , a jovem Sofia Antunes Queiroz, de 20 anos, foi velada e sepultada na tarde de...




Vítima de feminicídio no Vale do Amanhecer, em Planaltina-DF, a jovem Sofia Antunes Queiroz, de 20 anos, foi velada e sepultada na tarde desta sexta-feira (17/11), no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Os mais de 30 familiares seguravam flores brancas em pedido de paz e clamavam por justiça diante do brutal assassinato da 31ª vítima do crime no ano.

Entre choro e sentimento de indignação, o pai de Sofia, o mecânico Raimundo Antunes Queiroz, 41, reforça o pedido de justiça para que o suspeito seja encontrado e preso. Ele relata que a moça tinha o sonho de ser professora, assim como a tia.

"A gente precisa da justiça, porque isso não pode ficar impune. A justiça não vai trazer ela de volta, mas, pelo menos, vai amenizar um pouco da dor, porque arrancou um pedaço de mim", emociona-se.

Raimundo relata que fazia chamadas de vídeo com a filha duas a três vezes por semana e estranhava o fato de ela sempre estar em casa. "Ela nunca estava fora de casa, como se ele não deixasse ela sair de casa. Depois que ela morreu, os vizinhos comentaram que era raro ela sair de casa. Isso é doído porque ninguém tem que prender ninguém dentro de casa", desabafa o pai da jovem.

A reportagem apurou que o suspeito tem feito ameaças à família de Sofia. Parentes da vítima suspeitam que ele tem usado o celular do irmão para mandar mensagens.


Relembre o caso ca
Na noite da última quarta-feira (15/11), Sofia Antunes Queiroz, 20, foi vítima do próprio companheiro. A mulher foi morta com um tiro de revólver .38 mm, no Vale do Amanhecer, em Planaltina, deixando um filho de cinco anos. O autor, identificado como Leandro Gomes Lustosa, auxiliar de serviços gerais, de 33, atingiu a mulher no pescoço, fugiu após o crime e está foragido. Entre os casos registrados este ano, quatro ocorrências estão sob análise da Polícia Civil do DF (PCDF) para tipificação do crime. Em 2022, a capital registrou 17 feminicídios.

Responsável pela investigação, a 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina) foi informada sobre o caso após a vítima dar entrada na emergência do Hospital Regional de Planaltina (HRPl). De imediato, a equipe policial se deslocou para a unidade hospitalar e, ao levantar mais informações sobre o caso, ficou evidenciado o feminicídio da jovem.

Fonte: CB