A Polícia Civil do Distrito Federal ( PCDF ) deflagrou a Operação Divergente, nesta quarta-feira (3/5), para apurar a retirada irregular de ...
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a Operação Divergente, nesta quarta-feira (3/5), para apurar a retirada irregular de veículos apreendidos do pátio do Departamento de Trânsito (Detran-DF) por um servidor da autarquia.
Agentes da 20ª DP (Gama), com o apoio da 33ª DP (Santa Maria) e 14ª DP (Gama), apuraram que oito carros e 20 motocicletas que, de acordo com os sistemas, deveriam estar apreendidos, sob guarda do Detran, estavam sendo usados por pessoas ligadas ao servidor.
Alguns dos veículos teriam sido apreendidos há cerca de um ano em razão de multas e demais débitos, e deveriam estar no pátio do departamento à disposição do proprietário, em caso de regularização ou trâmites de leilão.
Porém, os automóveis teriam sido retirados de forma irregular do local e repassados para pessoas ligadas ao servidor do Detran-DF, que estariam usando os bens como se fossem os verdadeiros donos.
Segundo a PCDF, a prática pode se enquadrar como os crimes de peculato, desvio e apropriação. “Além da suspeita da retirada de veículos apreendidos no pátio, também tem suspeita de irregularidades na retirada desses automóveis no processo de leilão”, ressaltou o delegado da 20ª DP, Paulo Fortini.
Veja imagens dos veículos e documentos apreendidos:
As investigações também apuram o envolvimento destes particulares ligados ao servidor no esquema, visto que os veículos não eram transferidos, mas passavam a ser de posse desses terceiros.
Com a deflagração da operação foram apreendidos diversos dispositivos eletrônicos, inclusive os computadores que o servidor utilizava no trabalho.
No endereço de um dos investigados foram localizados, além de uma moto, alvo da operação, mais dezenove motocicletas, todas com suspeitas de irregularidades nas transferências, o que pode indicar que o esquema de peculato e desvio tinha grande porte e estrutura, já que o investigado possuía um galpão com motocicletas que deveriam estar apreendidas.
A PCDF investiga, ainda, se houve alterações nos sistemas para favorecer as transações de veículos e peças de forma irregular. Os agentes também apuram a presença de organização criminosa, demais peculatos e falsidades.
