Dez dias depois dos atos racistas da torcida do Valencia contra Vinicius Junior, no estádio Mestalla, na derrota do Real Madrid pelo Campeon...
Dez dias depois dos atos racistas da torcida do Valencia contra Vinicius Junior, no estádio Mestalla, na derrota do Real Madrid pelo Campeonato Espanhol, outro jogador brasil sofreu injúria racial na vitória do Brasil por 4 x 1 contra a TunÃsia pelas oitavas de final do Mundial Sub-20 disputado na Argentina. A vÃtima é o zagueiro brasiliense Robert Renan, nascido e criado em Ceilândia e aprimorado nas categorias de base do Corinthians antes de se transferir par ao Zenit São Petersburgo da Rússia.
Expulso no primeiro tempo depois de cometer falta como último homem da defensa do Brasil, Robert Renan foi provocado por torcedores argentinos enquanto deixava o gramado do Estádio Único de La Plata. O beque respondeu esportivamente mostrando o emblema da CBF e uma mão cheia em referência aos cinco tÃtulos da Seleção principal na Copa.
As provocações foram do estádio às redes sociais. O perfil do jogador foi atacado por racistas e a CBF agiu imediatamente em defesa do jogador de 19 anos. A entidade protocolou a denúncia na Justiça da Argentina e exigiu punições à Fifa. Os autores dos atos tiveram as contas printadas e encaminhadas para a entidade liderada por Gianni Infantino.
Leia a nota de repúdio da CBF
A CBF enviou uma representação na Fifa em protesto aos atos racistas sofridos pelo zagueiro zagueiro Robert Renan, da Seleção Brasileira Sub-20. A CBF condena veementemente qualquer tipo de ação discriminatória no futebol e não tolerará mais esses casos no esporte.
O mais recente crime de racismo aconteceu nesta quarta-feira (31), na vitória brasileira por 4 a 1 sobre a TunÃsia na Copa do Mundo Sub-20. Ao deixar o gramado no estádio Ciudad de La Plata, Robert Renan foi provocado pela torcida local e respondeu esportivamente.
Porém, nas redes sociais, o jogador brasileiro foi vÃtima de vários casos de racismo. Os perfis já estão protocolados pela CBF e serão enviados à justiça local e FIFA com o pedido de punição.
Combate ao racismo
No último fim de semana, a CBF lançou uma campanha de combate ao racismo, com a frase “com racismo não tem jogo”. O movimento teve apoio de todos os atletas e também da arbitragem.
A CBF é a primeira entidade esportiva do futebol a adotar no Regulamento Geral de Competições a possibilidade de punir esportivamente um clube em caso de racismo.
A novidade foi incluÃda no RGC de 2023, em fevereiro. Desde o ano passado, a CBF faz uma série de campanhas de combate ao racismo no futebol. Em agosto, a entidade realizou o primeiro Seminário de Combate ao Racismo no Futebol e conta com um Grupo de Trabalho que discute de forma permanente o assunto.
Em março, Ednaldo Rodrigues foi nomeado para o Conselho da Fifa, que é formado por 37 integrantes e é o responsável pelas decisões estratégicas da entidade para o futebol mundial.