Imagens de câmeras de segurança mostram os últimos momentos com vida do técnico em enfermagem André Lopes de Barros, de 31 anos. Ele foi asf...
Imagens de câmeras de segurança mostram os últimos momentos com vida do técnico em enfermagem André Lopes de Barros, de 31 anos. Ele foi asfixiado e assassinado na noite do último dia 2/4 pelo garoto de programa Alan Soares, da mesma idade, preso nesta segunda-feira (11/4), em Unaí (MG).
As imagens obtidas pelo Metrópoles mostram André e Alan andando juntos na rua em que morava a vítima, em Ceilândia. Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), após chegarem ao apartamento, o profissional de saúde teria sido amarrado e agredido. Os investigadores acreditam na hipótese de ter havido relação sexual forçada.
Veja as imagens da câmera de segurança
Vizinhos de André relataram que o técnico em enfermagem foi visto pela última vez na sexta-feira à noite, antes de sair para uma festa. Ele estava com amigos em uma casa noturna com bares em volta, e o autor estava na região também. Eles se encontraram, compraram bebida e, na casa da vítima, Alan perdeu o controle e o matou. Os dois não tinham relacionamento anterior.
De acordo com informações da polícia, o criminoso já havia cometido outro crime idêntico. “Não temos a menor dúvida de que ele é o autor. Ele se aproxima para fazer um programa com essas vítimas e na casa delas pratica o roubo, amarra, agride e leva os bens. É um cara muito esquisito. Estou há 17 anos na polícia e esse aí está, sem dúvida, entre os cinco latrocínios mais feios que já vi”, declarou o delegado responsável pelo caso, Antônio Dimitrov.
A vítima foi encontrada sem vida no último dia 4/4. O jovem estava em casa, em Ceilândia, e apresentava sinais de tortura. Além disso, o autor era precavido e lavou a cena do crime, jogando borra de café para esconder o cheiro do cadáver. O celular e o notebook da vítima também foram levados por ele.
Segundo informações da PCDF, Alan tem pelo menos quatro ocorrências, sendo três delas por se aproximar das vítimas e amarrá-las com violência. A outra é por roubo. Outras vítimas procuraram a delegacia para denunciá-lo, mas alguns antecedentes não viraram ocorrência por vergonha dos denunciantes ou falta de detalhe dos crimes.
“Ele prestou depoimento, mas preferiu ficar calado. No entanto, não precisamos da versão dele, pois temos provas robustas. Prendemos dois indivíduos por receptação que participaram da cadeia de venda do celular, mas não recuperamos o notebook da vítima”, disse Dimitrov.
De acordo com o delegado, o autor do crime estava em um dormitório em Minas Gerais, mas que ele tinha outro destino, pretendia trabalhar em uma fazenda de Betim. “Ele falou pra gente: ‘Eu não sou viado não, viadinhos são eles, quem come sou eu’, disse com essas palavras”, comentou Antônio.
A 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia centro) investiga o caso como latrocínio.
Fonte: Metrópoles