O motivo da queda do avião que estava Marília Mendonça ainda não está esclarecido, mas a polícia possui duas linhas de investigação em abe...
O motivo da queda do avião que estava Marília Mendonça ainda não está esclarecido, mas a polícia possui duas linhas de investigação em aberto. Na quinta-feira (25), foram descartadas a hipóteses de que o piloto e o copiloto poderiam ter sofrido um mal súbito, bem como a de que a aeronave teria sido alvejada, de acordo com os primeiros laudos concluídos.
O documento aponta que as cinco vítimas -a cantora, o piloto, Geraldo Martins de Medeiros, o copiloto, Tarciso Pessoa Viana, o produtor dela, Henrique Bahia, e o tio e assessor da sertaneja, Abiceli Silveira Dias Filho- não morreram durante a queda, mas com o impacto no chão, sofrendo politraumatismo. No entanto, o delegado Ivan Lopes Sales informou que a conclusão sobre a causa da queda depende dos laudos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), que ainda não tem prazo para conclusão. Sendo assim, a polícia ainda considera duas possibilidades: pane nos motores ou colisão com a torre de energia.
Na quinta, o delegado Lopes afirmou que hipótese explicaria a baixa altitude em que estava aeronave. “Há uma segunda linha de que pode ter sido algum problema com os motores que causou essa altitude baixa da aeronave, provocando a colisão, mas aí a gente aguarda os laudos do Seripa 03 [órgão do Cenipa], para ver, com a conclusão, se vai ser possível afirmar que esses motores não apresentaram nenhum tipo de defeito”, explicou.
O delegado ainda disse que a Polícia Civil colheu alguns depoimentos de envolvidos no caso, como o dono da empresa à qual a aeronave pertencia e um outro piloto que chegou a falar com o comandante do voo, Geraldo Martins de Medeiros Júnior, enquanto ele já realizava os procedimentos de pouso.
“Esse piloto e o que se acidentou conversaram no rádio. E, em momento algum, ele reportou algum problema na aeronave, ele [Geraldo] reportou que ele tinha ciência do que estava fazendo, mas o que chama a atenção é que ele já estava na ‘perna do vento da 02’, o que quer dizer que ele já estava em procedimento de pouso. Quando ele fala isso, pela oitiva desse piloto, a estimativa é que o piloto que se acidentou estava a um minuto, um minuto e meio do pouso”, detalhou o delegado em entrevista coletiva.
Apesar da hipótese da pane nos motores, outra linha de investigação da polícia é a de que a aeronave não tenha sofrido nenhum problema e a causa da queda esteja relacionada diretamente com o choque com a torre de energia. A Polícia Civil chegou a encontrar um cabo enrolado em uma das hélices do avião. A Cemig informou que o avião teria colidido com a torre e que, após o acidente cerca de 33 mil pessoas, que dependem da Linha de Distribuição (LD) Caratinga 1, ficaram sem energia.
Fonte: Jornal de Brasília