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PSB-DF nas Eleições 2022: Professor Manoel Everton

O PSB-DF promove, ao longo do mês de agosto, uma série de entrevistas com futuros pré-candidatos e pré-candidatas das eleições de 2022 para ...


O PSB-DF promove, ao longo do mês de agosto, uma série de entrevistas com futuros pré-candidatos e pré-candidatas das eleições de 2022 para divulgar o trabalho e a luta deste grupo comprometido com a cidade e com a população do DF.

Professor da rede pública de ensino do Distrito Federal desde 2002, Manoel Everton conhece de perto as dificuldades e, principalmente, as potencialidades da escola pública. Lecionando em São Sebastião, verifica diariamente às carências da região que, segundo ele, necessita de mais atenção do poder público.

Manoel Everton é um nordestino que chegou a Brasília buscando oportunidades, porém, mais que isso, tem muita vontade de transformar a realidade de sua comunidade e agora busca, por meio de uma candidatura, impactar ainda mais a vida dos brasilienses.

- Conte um pouco sobre sua trajetória. Quais momentos de sua vida foram mais determinantes para que ingressasse em um partido político e em que momento decidiu ser candidata (o)?

Manoel Everton: Sempre participei do meio político, em movimentos estudantis, movimentos universitários e movimentos religiosos. No ano de 1989, fui eleito prefeito mirim na Cidade de Baraúna – RN. Já no movimento estudantil universitário fui vice-presidente do Centro Acadêmico de Química em 1997 e eleito presidente em 1998 e 1999. Estive como presidente da Empresa Química Jr., que fabricava os produtos de limpeza da universidade e ministrava cursos nas cidades vizinhas. Também fui eleito a vice-presidente do Conselho Comunitário do Bairro Aeroporto II em Mossoró RN em 1998 a 1999. 

Junto a isso, sempre participei dos movimentos religiosos como "O Grito dos Excluídos"e outros.

Chegando a São Sebastião em 2001 comecei a lecionar. Fiz vários contatos políticos na escola e antes da campanha das eleições de 2006 me filiei ao PSB. Em 2010 fui eleito para o Conselho Fiscal da 18ª zonal (São Sebastião, Lago Sul e Jardim Botânico) e em 2014 me tornei vice-presidente da mesma zonal. Já em 2018 fui eleito presidente por aclamação, cargo que ocupei até 2020.

Sempre militei. Mas, após várias frustações, vi que para o ter um projeto aprovado em prol da nossa classe e comprometido com as nossas pautas da educação e cidadania, deveríamos ter um candidato. Como eu já tinha passado por quatro campanhas como participante ativo agora chegou a minha vez.

- Hoje você diria que sua(s) principal(ais) pauta(s) é(são)?

Manoel Everton: Como estou na área da educação desde 2000, digo sempre que a minha principal pauta é a EDUCAÇÃO pois sei que a educação transforma uma sociedade.

- Como você tem se preparado para as eleições? Acha que as novas regras para eleitorais que passam a valer no próximo ano ajudam ou atrapalham os candidatos?

Manoel Everton: Antes, como assessor da Coordenação Regional de Ensino (CRE) de São Sebastião, contava com o apoio de 18 dos 26 diretores escolares. Agora, fora da CRE, conto com o apoio de 14 diretores e estou na busca ativa dos meus ex alunos que são, aproximadamente, 20.000 eleitores na cidade.

Essa mudança das regras eleitorais será muito desproporcional para quem não tem mandato, ou seja, só vai melhorar para os empresários que têm dinheiro para investir e para as personalidades públicas.

- Em sua opinião quais principais desafios que a sua região enfrenta? 

Manoel Everton: Nossa São Sebastião é uma periferia de "Bras ilha”, onde temos uma das maiores discrepâncias na renda per capita por pessoa. Enquanto temos os nossos vizinhos do Lago Sul com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito alto, em São Sebastião esses número vão lá em baixo. Ou seja, mantêm o propósito de ter periferias próximas a "áreas nobres" para manter pessoas que realizam serviços braçais (domésticas e outros prestadores), pagando um vale transporte barato. Tudo isso sem investimentos em infraestrutura, educação, saúde, lazer, segurança, atendimento à mulher, assistência social, em suma, falta tudo.

- O PSB tem atuado com destaque como grande opositor do governador Ibaneis, inclusive com ações judiciais contra o chefe do Executivo e o GDF. Por outro lado, o governador, se justifica afirmando que seu mandato foi interrompido pela pandemia e diz que "não deve nada". Em sua opinião, quais foram/são os principais erros de Ibaneis durante a gestão da pandemia?

Manoel Everton: Ele errou em não controlar as fronteiras do DF, ou seja, faltou barreiras sanitárias. Também não proporcionou equipamentos para diminuir a discrepância na qualidade do ensino remoto, com a distribuição de chips como foi prometido ou com ilhas digitais. E, não facilitou linhas de crédito para que os comerciantes permanecessem fechados durante o lookdown.

- Além da Saúde, que outros problemas o partido identifica na gestão atual? 

Manoel Everton: Eu destaco problemas de ingerência na educação, principalmente, mal uso do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF), que é a verba enviada para as escolas para pequenos reparos, compra de materiais e outros.

- Qual sua avaliação do governo Bolsonaro até o momento? 

Manoel Everton: O presidente se comporta como uma criança que não tem controle emocional: não sabe receber críticas e sempre age por influência de pessoas desqualificadas e negando conhecimentos científicos. Além disso, diminuindo os recursos da educação e da saúde.

- O DF elegeu Bolsonaro com 70% de votos em 2018. Acha que essa tendência de voto na direita se mantém em 2022? Como atingir, estando em um partido de esquerda, esse eleitorado mais "conservador"?

Manoel Everton: Eu creio que ele não mantém esses votos. Já perdeu as pessoas que buscavam uma nova politica nele e viram que não é possível essa nova politica, assim como não se criou em 500 anos. Eu vejo que as pessoas querem uma nova politica sendo velhos eleitores.

- Qual mensagem você deixaria para conscientizar as pessoas da importância do voto consciente e da participação política?

Manoel Everton: O sistema democrático foi feito para uma alternância de poder na qual esse fenômeno do Bozo está sendo o mesmo de 1989, com o Collor. E, na minha opinião, teremos outros, pois a sociedade ainda precisa desenvolver um senso crítico em política. 

Para mudar isso, precisamos de uma melhor educação, com princípios de coletividade, comunidades sustentáveis e sem fins lucrativos.

Você pode acompanhar o trabalho desenvolvido por Manoel Everton por meio de suas redes sociais:


nstagram: @everton_barauna
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Facebook: /EvertonBarauna
Youtube: Manoel Everton


Fonte: PSBDF