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Comparsa ajudou na fuga de suspeito de cometer triplo homicídio no DF

  O suspeito de cometer um triplo homicídio em Ceilândia Norte e sequestrar a empresária Cleonice Marques, 43 anos, contou com a ajuda de u...


 
O suspeito de cometer um triplo homicídio em Ceilândia Norte e sequestrar a empresária Cleonice Marques, 43 anos, contou com a ajuda de um comparsa para buscá-lo no meio da estrada, na BR-070. Lázaro Barbosa Sousa, 33, teria invadido uma chácara na madrugada desta sexta-feira (11/6), feito o caseiro de refém e roubado um veículo, um Palio branco.

O carro foi encontrado incendiado no meio da BR, a 10 minutos de Cocalzinho de Goiás. O comandante do Batalhão da cidade, o tenente Gerson de Paula, afirmou ao Correio que o suspeito, após incendiar o automóvel, foi buscado por um colega na rodovia. "O senhor que o buscou foi ouvido e continuamos em diligências. É o que podemos dizer até o momento", frisou o tenente.

Mais de 80 policiais civis e militares do DF e Entorno, auditores fiscais e rodoviários federais estiveram no município de Cocalzinho para localizar o paradeiro de Lázaro, que é investigado por cometer, pelo menos, 10 homicídios na região de Girassol (GO), Cocalzinho e no DF.

A mãe e o pai de Lázaro são separados e moram em Girassol (GO). Policiais também estiveram no endereço deles. O pai afirmou que não mantém contato com o filho há, pelo menos, seis anos. E a mãe informou que não sabe o paradeiro de Lázaro.

O caso 

O sequestro da empresária Cleonice Marques, 43 anos, e a morte do marido, Cláudio Vidal, 48, e dos dois filhos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15, causaram forte comoção em todo o Distrito Federal. O principal suspeito do crime é Lázaro Barbosa Sousa, 33, um homem que acumula passagens por estupros, roubos e homicídio. Algumas questões, no entanto, seguem sem respostas.

Lázaro invadiu a residência da família no Incra 9 de Ceilândia Norte, por volta das 2h. Ele arrombou a porta e, em menos de 10 minutos, matou o marido de Cleonice e os dois filhos a facadas. Antes de conseguir entrar na casa, a empresária ligou para o irmão pedindo socorro. O familiar chegou ao imóvel em pouco tempo, mas se deparou com os corpos no quarto e não encontrou Cleonice. Mesmo agonizando, Cláudio conseguiu alertar o cunhado: “Age rápido. Levaram a Cleonice”, disse segundos antes de morrer.

Na tarde desta quarta-feira (9/6), as forças de segurança do DF se mobilizaram em uma mega-operação para tentar localizar a mulher e o suspeito. Buscas em um matagal próximo foram feitas durante todo o dia com cães farejadores, além do uso de drones. Nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (10/6), policiais do DF entraram no segundo dia de buscas.

Reféns

Durante a madrugada desta sexta-feira (11/6), policiais foram acionados para uma ocorrência de roubo em outra residência próxima ao Pesque-Pague Papaléguas, também em Ceilândia. Fontes policiais informaram que um homem invadiu a casa por volta das 20h de quinta-feira (10/6), amarrou o funcionário e levou o carro, um Palio Branco. Ele teria deixado o imóvel às 3h30 e seguiu para Cocalzinho (GO), onde ateou fogo no veículo.

Na manhã desta quinta-feira (10/6), Lázaro entrou armado em uma residência que fica a 3km de distância da chácara onde o marido de Cleonice, Cláudio Vidal, 48, e os dois filhos do casal foram mortos. Sílvia Campos, 40, proprietária do local, ficou sob a mira do criminoso por mais de três horas. Ao Correio, ela contou que o homem confessou participação no triplo homicídio. "Ele perguntou se eu estava acompanhando o noticiário e afirmou que estava envolvido, mas que não tinha agido sozinho", relatou.

O homem vestia camisa e boné camuflados e uma calça moletom preta. Armado, ele roubou cerca de R$ 200 da bolsa da mulher e colocou o celular para carregar em um dos cômodos da residência. O suspeito ainda obrigou Sílvia a cozinhar para ele e a lhe servir. "Ele ficou andando de um lado para o outro e perguntou se eu estava acompanhando o noticiário. Disse que ele participou do assassinato do empresário e dos dois filhos, mas que não agiu sozinho", relatou.






Fonte: Correio Braziliense