A Polícia Federal (PF) , com apoio do Comando da Aeronáutica, prendeu, nesta quinta-feira (18/3), quatro pessoas que estariam envolvidas no ...
A Polícia Federal (PF), com apoio do Comando da Aeronáutica, prendeu, nesta quinta-feira (18/3), quatro pessoas que estariam envolvidas no tráfico de 37 kg de cocaína achadas em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), em junho de 2019, na Espanha.
O grupo teria ajudado o sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues a traficar a droga – o avião, usado em apoio à presidência da República, saiu do Brasil e pousou na Espanha. Agora, foram presos outros três militares, além da esposa de Manoel. São eles:
Tenente-coronel Alexandre Augusto Piovesan;
2º sargento Márcio Gonçalves de Almeida;
2º sargento Jorge Luis da Cruz Silva;
Wikelaine Nonato Rodrigues (esposa).
Foram apreendidos ainda computadores, celulares e documentos dos militares e da esposa presos, e também da ex-esposa do sargento. Um ex-soldado da Aeronáutica, cunhado do militar preso na Espanha, também com prisão decretada, não foi encontrado.
Os mandados de prisão atendem pedido da 2ª Procuradoria de Justiça Militar em Brasília. Já a decisão foi proferida pela 2ª Auditoria da 11ª Circunscrição Judiciária Militar Justiça Militar da União.
Cocaína apreendida em avião da FAB, na Espanha, em junho de 2019
Um pedido de desarquivamento do Inquérito Policial Militar (IMP) solicitado pelo Ministério Público Militar (MPM) em Brasília também foi deferido pelo juiz Federal da Justiça Militar, em razão de novas provas surgidas a partir de quebras de sigilo telefônico e telemático.
O MPM informou que o material revela o provável envolvimento de outros militares da Aeronáutica e civis em esquema de tráfico ilícito de entorpecentes.
“Os novos elementos surgidos evidenciam que, pelo menos em duas oportunidades, no dia 30 de abril de 2019 e 25 de junho de 2019, quando foi preso, o sargento transportou considerável quantia de substâncias entorpecentes para Madrid e Sevilha, na Espanha”, esclareceu a procuradoria, em nota.
Também surgiram indícios fortes do envolvimento de outros militares na prática ilícita de transporte de substâncias entorpecentes para o exterior.
A denúncia contra Manoel Silva Rodrigues foi recebida e o militar responde a processo por tráfico internacional de drogas, com os agravantes por ter praticado o crime no exercício de suas funções públicas no exterior. Ele morava em Brasília.