Goiânia – Rebelados, os presos da Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), no Complexo Prisional em Aparecida de Goiânia, na região met...
Goiânia – Rebelados, os presos da Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), no Complexo Prisional em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital goiana, fizeram até uma live, no início da tarde desta sexta-feira (19/2), para relatar a situação.
Informações preliminares apontam que há presos feridos no local. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram um princípio de incêndio na unidade. Áudios também indicam barulhos de explosões.
O movimento no presídio seria uma reação dos detentos à ação das forças de segurança na manhã desta sexta-feira (19/2).
“Isso aqui aconteceu por causa do diretor, ele quer oprimir ‘nóis’ , ‘tamo’ dando a resposta. Quis dar sabão pra gente comer. Tão dando tiro de verdade em nós. Também temos família. Cadê os Direitos Humanos? Só passam pano para estuprador, que come o filho dos outros. Estamos reivindicando os nossos direitos”, afirma um dos presos na live.
O fato ocorre apenas um dia após a morte de um vigilante penitenciário temporário e da mulher dele, na saída do presídio. Duas pessoas apontadas como envolvidas no duplo homicídio foram mortas em confronto com policiais militares na noite de quinta-feira (18/2) em Goiânia. Uma terceira foi presa.
O presidente do Sindicato do Sistema de Execução Penal do Estado de Goiás(Sinsep-GO), Maxsuell Miranda das Neves, confirmou ao Metrópoles que os presos estão amotinados. A Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) não corroborou a informação e disse que estava buscando mais detalhes sobre o caso.
A seção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) enviaram representantes para averiguar a situação. Familiares de presos fazem vigília na porta do presídio.
Duplo homicídio
O vigilante penitenciário temporário de Goiás Elias de Souza Silva, de 38 anos, foi assassinado a tiros com sua mulher, na manhã desta quinta-feira (18/2), depois de ter sido alvo de uma tentativa de suborno em serviço e de conter motim de presos, no dia 1º de fevereiro deste ano, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
O duplo homicídio ocorreu logo após o vigilante sair do plantão de 24 horas e se encontrar com a mulher dele. A identidade dela ainda não foi divulgada.
Silva vivia aterrorizado por conta de revista que gerou conflito com presos por roubo, no início do mês. A juíza Lílian Margareth, do Juizado Especial Criminal de Aparecida de Goiânia, recebeu na quinta o processo referente ao motim de presos, que foi contido por ele e policiais.
Fonte: Metrópoles